Esta frase é frequente no consultório. O falar é um momento muito aguardado pelos pais. Sendo assim, a expectativa para que este aconteça cedo e com sucesso é alta. Mas, e quando não ocorre como o esperado? Até quando é normal? Quem podemos buscar?
Vamos lá! Durante o primeiro ano de vida os aspectos motores são os mais marcantes. A criança inicialmente sustenta o pescoço, depois passa a sentar-se, e próximo aos doze meses ela dá os primeiros passos. Desta forma, a fala acompanha o desenvolvimento motor até emergir além dos balbucios.
Nesta idade, surgem as primeiras palavras funcionais: mama, papa, qué e dá. Apresenta iniciativa para comunicar-se, mesmo com extensa restrição de linguagem. Além disso, mostra-se atento para as situações de comunicação e imitação da fala do adulto.
Aos 18 meses, há um aumento da compreensão e consequentemente, da expressão. Compreende ordens simples rotineiras e situacionais com duas ações.
Ainda, aos dois anos, aparecem as primeiras frases, a criança passa a combinar duas ou três palavras. Além disso, nomeia figuras e pergunta muito “o que é isso?”. Aos dois anos e meio, produzem frases com 3 a 4 palavras, com desvios gramaticais, por exemplo: “eu di a bola” ou “eu comeu tudo”. Vale ressaltar que, com 2 anos, o vocabulário de uma criança é de aproximadamente 200 palavras.
Aqui, a criança já consegue recontar partes de uma história que lhe foi contada. Também inicia uma conversa, mas não é capaz de manter uma atenção extensa, dispersando. As canções, ou tentativas de cantar, surgem.
Vale ressaltar que o atraso na fala pode ser notado a partir dos 18 meses. E que quanto antes a procura pelo profissional adequado for realizada, melhor para o processo de estimulação. Sempre gosto de lembrar que CEDO DEMAIS não existe, mas TARDE DEMAIS sim, por isso se está na dúvida PROCURE UM PROFISSIONAL. O fonoaudiólogo deve estar sempre em conjunto com a família, passar tarefas para estimulação em casa, realizar orientação parental e para todos do convívio da criança.