23/01/2021

Disfagia

Disfagia infantil: o que é e como tratar?

Damos o nome de disfagia quando há uma dificuldade ou alteração na deglutição de alimentos (líquidos, sólidos, pastosos) ou de saliva. A deglutição é o ato de engolir, um processo complexo que envolve a participação de diferentes estruturas e músculos. Portanto, essa alteração pode prejudicar a segurança, efetividade ou o conforto durante a alimentação, podendo causar complicações respiratórias e nutricionais.

Segundo Burklow et al., a prevalência de problemas na alimentação no público infantil é de 25 a 35% nas crianças com desenvolvimento normal e de 30 a 80% nas crianças com algum atraso no desenvolvimento. Além disso, a disfagia pode ser causada por diversos fatores, como alterações anatômicas, neurológicas e musculares. Dessa forma, os sinais mais comuns para identificar se há uma disfagia são:

  • engasgos e tosses frequentes;
  • escape oral do alimento ou de saliva;
  • dificuldade na sucção ou mastigação;
  • alimento parado na boca ou na faringe;
  • tempo de alimentação prolongado;
  • recusa alimentar;
  • perda de peso;
  • pneumonias de repetição;

Sendo assim, o fonoaudiólogo é o profissional capacitado para diagnosticar e realizar a intervenção no paciente disfágico. Este profissional irá diagnosticar e tratar estes pacientes através da adaptação de utensílios, consistências, exercícios e outras estratégias de forma individualizada. Assim como juntamente ao acompanhamento de uma equipe multidisciplinar quando necessário.

Por fim, a especialização do profissional para o público pediátrico é essencial. Existem diferenças anatômicas e fisiológicas entre bebês/crianças e adultos. Assim, o fonoaudiólogo capacitado em disfagia infantil consegue realizar uma avaliação mais detalhada, com condutas mais assertivas e estratégias terapêuticas específicas para cada caso, visando sempre o sucesso da reabilitação do paciente.


Referência: Levy DS, Almeida ST. Disfagia infantil. Rio de Janeiro: Revinter; 2018.

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