Estimulação x Intervenção: Qual a diferença?

Por que essas palavras são tão usadas na fonoaudiologia?

Intervenção e estimulação são dois termos que vem sendo muito utilizados na fonoaudiologia. Ainda, principalmente associado aos atrasos de fala e linguagem e doenças do neurodesenvolvimento, como o autismo.

Ambos os processos são importantes para auxiliar e modificar o desenvolvimento das crianças. O que acontece é que muitas vezes usamos como sinônimos essas duas palavras e na verdade elas são processos diferentes. Basta a gente conferir as definições de cada uma no dicionário para vermos que realmente não devemos usar uma como sinônimo da outra.

Mas o que é intervenção e o que é estimulação?

Segundo o dicionário Michellis:

• Intervenção: é o ato de intervir e, intervir quer dizer: Interferir em algo com o intuito de influenciar o seu desenvolvimento; interceder.

A intervenção é quando o profissional entra em cena e modifica diversas esferas da vida daquela família, como por exemplo o ambiente, a rotina… Não estamos aqui lidando diretamente com o paciente nem apenas com ele, mas sim com aquilo e aqueles que o cerca e interferem no seu desenvolvimento.

Já a estimulação, é definida nesse mesmo dicionário, como:

• Estimulação é o ato ou efeito de estimular, que quer dizer: Dar estímulo a; incentivar, incitar o ânimo, a coragem ou o interesse de; animar, encorajar.

Ou seja, a estimulação é quando queremos que a criança desenvolva uma habilidade que ela ainda não tem ou que precisa ser melhorada, assim, planejamos a terapia para que as atividades realizadas alcancem o objetivo especifico.

E onde a intervenção e a estimulação se conectam?

Muitas vezes fazemos a intervenção precoce e intervimos no modo de estimular a criança. Então, os pais já estavam estimulando a fala e a linguagem da criança, por exemplo, e nós, como fonoaudiólogos, passamos uma série de recomendações aos pais (intervindo no modo deles) para estimular de forma mais adequada a fala e a linguagem.

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