A aquisição e o desenvolvimento da linguagem representam os marcos do desenvolvimento infantil. Assim, ao longo da primeira infância as brincadeiras, produções de fala e até realização de determinadas tarefas são tidos como acontecimentos que marcam o desenvolvimento típico. Desta forma, a fala acaba por ser o mais notório das habilidades adquiridas nesta etapa. No primeiro ano de vida a criança começa a falar as primeiras palavras (exemplo: “mama”, “papa”, “dá”). Já no segundo ano, ela comece a justapor as palavras, criando combinações (exemplo: “dá bola”, “qué água”). Por isso, a exposição da criança à estímulos adequados é de suma importância para o desenvolvimento e aquisição da linguagem oral.
Portanto, os pais e cuidadores devem atentar-se, para que assim percebam dificuldades na fala ou de linguagem e procurarem por um especialista. Vale ressaltar, a importância de saber sobre os marcos do desenvolvimento, pois isto auxilia a identificação precoce de possíveis alterações.
Embora em alguns casos os pais prefiram esperar “o tempo da criança”, este nem sempre é o melhor caminho. Quanto antes for possível avaliar e buscar o profissional adequado, melhor!
Nesses casos, a conduta é de realizar a Intervenção Precoce. Esta visa estimular a fala e a linguagem em crianças antes dos 3 anos de idade, de maneira lúdica, ou seja, através de brincadeiras. Além disso, nesta faixa etária, existem os chamados Períodos Críticos. Estes estágios referem-se ao momento em que cérebro da criança está particularmente susceptível à entrada de estimulação sensorial. Consequentemente, a criança é mais influenciada pela quantidade e qualidade dos fatores ambientais, o que favorece os ganhos terapêuticos. Assim, ocorre o aumento de vocabulário, no qual a criança aprende a combinar as palavras para expressar suas vontades.
Por fim, a intervenção precoce tem o potencial de alavancar o desenvolvimento infantil e também o de reduzir o risco de futuras dificuldades de aprendizagem. Uma vez que a linguagem oral está relacionada com o desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita.
Além do atendimento especializado, é importante a participação dos pais e familiares e também daqueles que passam bastante tempo com a criança. O terapeuta sempre deve inserir e incentivar a família durante a intervenção.
Graduada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO em Fonoaudiologia. Especialização em Linguagem pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Possui experiência em alterações de aprendizagem, Leitura e Escrita e Alterações de Fala Infantil, como Atraso no Desenvolvimento da Fala, Transtornos Fonológico e Apraxia de Fala na Infância.
CRFa 2-20836