O desenvolvimento da fala e da linguagem pode ser favorecido de diversas maneiras. A necessidade ou vontade de se comunicar ou expressar um desejo é o pontapé inicial para isto. Sendo assim, precisamos estimular este processo através de estratégias que tornem isto prazeroso e intuitivo. A interação com adultos e outras crianças é o principal motivador, e utilizar a música nesse processo de socialização pode ser um ponto positivo. A relação entre as pessoas e aspectos sonoros é primitiva e se inicia antes mesmo do nascimento.
A música é uma atividade extremamente rica. Esta consegue ser divertida e cheia de aprendizado ao mesmo tempo. Através do cantar, a criança pode melhorar sua fala, ampliar seu vocabulário, trabalhar o processamento auditivo, e assim, sua percepção auditiva.
Um ponto relevante é que para adentrar no processo de alfabetização de forma adequada a criança precisará ter desenvolvido a percepção auditiva. A associação da percepção auditiva e alfabetização não é um processo simples. Este é constituído pela recepção e interpretação dos padrões de fala, discriminação entre sons, reconhecimento, memorização e compreensão da fala e de suas possíveis variações.
Além disso, os elementos musicais (som, ritmo e harmonia) podem ser utilizados para estimulação da linguagem através de estratégias, tanto no âmbito escolar como em casa (dança das cadeiras, estátua, complete a música, batata quente e etc). Desta forma, existe inúmeras atividades que podem ser feitas direcionadas através do objetivo a ser trabalhado com a criança.
Vale ressaltar que estudos afirmam a influência da música não somente em habilidades comunicativas e de aprendizagem. Os aspectos socioemocionais e cognitivos também apresentam ganhos com a música. Os aspectos motores, as funções executivas, a memória e a aprendizagem de uma segunda língua não ficam de fora.
Já ouviu música com seus filhos hoje? Já planejou qual música vai colocar na terapia esta semana? INSIRA A MÚSICA!
Graduada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO em Fonoaudiologia.
Mestre em Ciências pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Experiência em alterações de fala infantil, como: apraxia de fala na infância, autismo, comunicação alternativa (PECS), gagueira, atraso na fala e transtorno fonológico. Além disso, atua com orientação parental voltada ao desenvolvimento infantil.
CRFa 2-20413