Terapia online: para quem é indicado?
Os atendimentos online surgiram como uma necessidade em 2020 por conta da pandemia. Contudo, alguns atendimentos foram para esta modalidade e não retornaram ao presencial. Isto porque grande parte dos candidatos ao teleatendimento observaram ganhos mesmo que online. Mas, como são elencados os critérios para que o paciente permaneça em terapia online?
O fator principal é a relação faixa etária e capacidade de atenção desse paciente, sendo este o preditor da evolução e prognóstico do caso. 
Queixa principal
A queixa sempre deve ser levada em conta, uma vez que o teleatendimento nos limita, por exemplo, de interação social. Sendo assim, se a queixa está relacionada aos aspectos de iniciativa comunicativa ou planejamento de fala (TEA, TDAH, Atraso na fala, Apraxia de Fala na Infância) a modalidade online não será indicada. Porém, caso seja um caso de trocas de sons na fala (a critério de idade), dificuldades escolares, dificuldades de aprendizado ou atendimento adulto, a terapia online pode ser sim um fator a ser pensado.
Idade x período de atenção
Quando o assunto é terapia online é importante ressaltar que o fator tempo de atenção. O período de atenção é de 3 – 5 minutos por ano de idade da criança. Logo, uma criança de 3 anos deveria direcionar a atenção à uma atividade entre 9 – 15 minutos. Sendo assim, isto inviabiliza o teleatendimento, uma vez que a troca de estratégias e brincadeiras é limitada. Ao contrário do presencial, que este período de atenção pode ser renovado a cada estratégia iniciada.
Mas e para os adultos?
A terapia online para os adultos caiu como uma luva. Além de facilitar a questão de deslocamento, o paciente tem um enorme benefício por conta da organização de sua própria agenda. Estes casos são os que mais apresentam resultados em um curto período de tempo de intervenção, e com todas certeza são os melhores candidatos à modalidade.
O modelo de atendimento deve ser sempre discutido com o profissional. No Por Trás das Letras existe teleatendimento para fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia. Sendo assim, converse com seu terapeuta e discuta qual a melhor modalidade para você.
Graduada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO em Fonoaudiologia.
Mestre em Ciências pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Experiência em alterações de fala infantil, como: apraxia de fala na infância, autismo, comunicação alternativa (PECS), gagueira, atraso na fala e transtorno fonológico. Além disso, atua com orientação parental voltada ao desenvolvimento infantil.
CRFa 2-20413