As crianças são o público com menor número de atingidos pelo Coronavírus. Segundo a estimativa dos casos acometidos Covid-19 no planeta (a doença provocada pelo Sars-Cov-2) 2,4% dos casos confirmados ocorreram em crianças. E destas, apenas 0,2% deles ficaram em estado crítico, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Entretanto, ainda não sabem justificar de maneira clara o porque disto.
Ainda, fora da China os números são bem menores, a OMS classifica o risco para crianças como baixo. A OMS aponta também que não houve nenhuma morte registrada em crianças no mundo. Deste modo, isto é um alívio para os pais e profissionais relacionados ao desenvolvimento infantil.
Desta forma, em busca de uma explicação, pesquisadores americanos e chineses publicaram recentemente um estudo. Neste, testou-se a possibilidade de as crianças não apresentarem os sintomas. Assim, foram analisados 391 adultos chineses diagnosticados com a Covid-19 e 1.286 pessoas de todas as idades que tiveram contato com eles. Então, ao final os pesquisadores ressaltam que os menores de dez anos são suscetíveis a contrair o vírus, assim como os adultos. ENTRETANTO, um risco bem menor de sofrerem sintomas severos como inflamação nos pulmões ou dificuldade respiratória.
A pesquisa foi desenvolvida pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health in Baltimore, dos Estados Unidos, e o centro de Prevenção e Controle de Doenças de Shenzhen, na China.
Contudo, por ainda estarem com o sistema imunológico em desenvolvimento, as crianças são o grupo de risco para versões de gripe. E isto é bem marcado no início da vida escolar. Os pesquisadores suspeitam que no caso do Covid-19, a imaturidade atue de modo positivo, amenizando a reação do corpo frente ao vírus.
“Às vezes, o que faz um vírus ser mais agressivo é uma resposta imune exagerada ou desregulada, que gera o processo inflamatório por trás dos sintomas da doença”, (Renato Kfouri, infectologista presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria).
Ainda assim, é importante lembrar nossos pequenos que os hábitos de higiene devem ser estreitamente seguidos. Todavia, através de músicas, podemos criar orientações para as crianças sempre lavarem a mão de forma correta e não levar brinquedos à boca. Além disso, podemos fornecer brincadeiras que automatizem estes processos (dar banho nas bonecas, lavar os carrinhos, e usar isto como exemplo para o próprio corpo da criança).
Por fim, aos profissionais, precisamos todos esterilizar sempre ao final do uso os brinquedos, equipamentos, mesa e cadeira. Vale ressaltar que neste momento, estes hábitos são nossa única proteção. Assim, conseguimos nos proteger sem comprometer nossos atendimentos e as nossas crianças.
Graduada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO em Fonoaudiologia.
Mestre em Ciências pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Experiência em alterações de fala infantil, como: apraxia de fala na infância, autismo, comunicação alternativa (PECS), gagueira, atraso na fala e transtorno fonológico. Além disso, atua com orientação parental voltada ao desenvolvimento infantil.
CRFa 2-20413