16/03/2020

Linguagem Infantil

A imunidade das crianças e o Coronavírus

As crianças são o público com menor número de atingidos pelo Coronavírus. Segundo a estimativa dos casos acometidos Covid-19 no planeta (a doença provocada pelo Sars-Cov-2) 2,4% dos casos confirmados ocorreram em crianças. E destas, apenas 0,2% deles ficaram em estado crítico, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Entretanto, ainda não sabem justificar de maneira clara o porque disto.


Por que as crianças são os menos atingidos?

Ainda, fora da China os números são bem menores, a OMS classifica o risco para crianças como baixo. A OMS aponta também que não houve nenhuma morte registrada em crianças no mundo. Deste modo, isto é um alívio para os pais e profissionais relacionados ao desenvolvimento infantil.

Desta forma, em busca de uma explicação, pesquisadores americanos e chineses publicaram recentemente um estudo. Neste, testou-se a possibilidade de as crianças não apresentarem os sintomas.  Assim, foram analisados 391 adultos chineses diagnosticados com a Covid-19 e 1.286 pessoas de todas as idades que tiveram contato com eles. Então, ao final os pesquisadores ressaltam que os menores de dez anos são suscetíveis a contrair o vírus, assim como os adultos. ENTRETANTO, um risco bem menor de sofrerem sintomas severos como inflamação nos pulmões ou dificuldade respiratória.

A pesquisa foi desenvolvida pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health in Baltimore, dos Estados Unidos, e o centro de Prevenção e Controle de Doenças de Shenzhen, na China.


O Sistema Imunológico na infância

Contudo, por ainda estarem com o sistema imunológico em desenvolvimento, as crianças são o grupo de risco para versões de gripe. E isto é bem marcado no início da vida escolar. Os pesquisadores suspeitam que no caso do Covid-19, a imaturidade atue de modo positivo, amenizando a reação do corpo frente ao vírus.

 “Às vezes, o que faz um vírus ser mais agressivo é uma resposta imune exagerada ou desregulada, que gera o processo inflamatório por trás dos sintomas da doença”, (Renato Kfouri, infectologista presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria).


A importância dos hábitos de Higiene

Ainda assim, é importante lembrar nossos pequenos que os hábitos de higiene devem ser estreitamente seguidos. Todavia, através de músicas, podemos criar orientações para as crianças sempre lavarem a mão de forma correta e não levar brinquedos à boca. Além disso, podemos fornecer brincadeiras que automatizem estes processos (dar banho nas bonecas, lavar os carrinhos, e usar isto como exemplo para o próprio corpo da criança).

Por fim, aos profissionais, precisamos todos esterilizar sempre ao final do uso os brinquedos, equipamentos, mesa e cadeira. Vale ressaltar que neste momento, estes hábitos são nossa única proteção. Assim, conseguimos nos proteger sem comprometer nossos atendimentos e as nossas crianças.


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