O repertório de cada criança é baseado na experiência de mundo que ela adquiriu até então. Durante a infância e adolescência, os pais e a escola são os responsáveis e estimuladores. Eles farão com que esse repertório tenha uma base consistente para que a criança desempenhe de maneira satisfatória a sua comunicação.
O repertório rico é o que fornece o “jogo de cintura”, agilidade e prontidão para respostas. Sendo assim, funciona como um banco de dados, separado em arquivos, quais são, rapidamente, acionadas à medida que a criança vai deparando-se com as situações de sua rotina. Seja esta com amigos na escola, seja com os pais, ou até com pessoas que não compõe seu dia-a-dia. Logo, quanto maior o conhecimento de mundo da criança, mais chance ele tem de fazer relações e sinapses inteligentes e contextualizadas, devolvendo para seu interlocutor um conteúdo pertinente de maneira adequada.
As crianças com baixo repertório tendem a repetir a fala do adulto, mesmo que o adulto tenha feito uma solicitação ou uma pergunta. Além disso, não conseguem expressar de maneira adequada desejos e protestos, reagindo através de gestos para sinalizar algo. Ainda assim, as alterações pode ser observada quando a criança tem a reposta direcionada pelo adulto, e quando o adulto fornece o exemplo, ela melhora seu desempenho.
O primeiro passo para melhorar a comunicação da criança é averiguar como anda as relações interpessoais. Estas quais muitas vezes, tendem a estar prejudicadas caso o repertório seja inadequado. Vale ressaltar, a importância de uma avaliação minunciosa, muitas vezes a criança melhora seu repertório de acordo com o número de situações que é exposta em terapia, ampliando ricamente seu vocabulário e sua sintaxe. Assim, também é importante que o adulto haja como um tutor, sempre dando exemplos do ponto de vista da criança. Por exemplo, fazer uma pergunta à criança e fornecer a resposta logo em seguida, para que ela use como guia.
É importante lembrar que o baixo repertório pode estar associado à diversas alterações de linguagem e fala, sendo uma manifestação importante que sempre deve ser observada pelos pais.
Desta maneira, sempre pergunte o que seu filho realizou na escola; reconto de uma historia; criação de um faz-de-conta; entre outras atividades que o incentivem a produzir frases utilizando seu vocabulário. E quando ele apresentar dúvidas, seja o exemplo!
Graduada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO em Fonoaudiologia.
Mestre em Ciências pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Experiência em alterações de fala infantil, como: apraxia de fala na infância, autismo, comunicação alternativa (PECS), gagueira, atraso na fala e transtorno fonológico. Além disso, atua com orientação parental voltada ao desenvolvimento infantil.
CRFa 2-20413