A fala é um dos marcos do desenvolvimento mais associados ao desenvolvimento típico. Entretanto, a comunicação emerge muito antes das primeiras palavras. O comunicar é iniciado por meio de choro, quando a criança sinaliza fome, sono ou qualquer outro desconforto. Além disso, o gestos como o apontar e o direcionamento do olhar, também surgem antecedente a fala.
O emergir das primeiras palavras é um momento de muita ansiedade para os pais. Vale ressaltar que no primeiro ano de vida, as crianças emitem as primeiras palavras e a partir do segundo ano, as primeiras combinações começam a surgir. Assim, aos dois anos, as crianças já conseguem produzir frases como “que aga” (quero água), “qué bóia (quero a bola)”. Contudo, quando a fala não surge de maneira esperada gera muita preocupação e ansiedade. O Atraso de linguagem pode ser detectado a partir do segundo ano de vida (18 meses). Assim, por meio do vocabulário da criança e de sua extensão frasal é possível observar o curso do desenvolvimento de fala. Porém, diagnosticar e estimular essas crianças com uma intervenção adequada às suas dificuldades, não é simples.
Os pais precisam observar de maneira adequada a efetividade da comunicação da criança. A chegada na vida acadêmica pode ampliar o espectro de dificuldades destas crianças. Por isso é muito importante que pais e professores atentem-se ao desenvolvimento da linguagem oral e escrita. As dificuldades podem ser notória em aspectos de interação e conversação. Entretanto, mas estas crianças também podem ser conhecidas como “tímidas” ou com “preguiça para falar”.
Contudo, crianças que apresentaram problemas ou dificuldades na linguagem oral, poderão apresentar dificuldades acadêmicas, por este motivo torna-se extremamente necessário suporte para que estas dificuldades sejam minimizadas. As alterações de linguagem se caracterizam por uma aquisição atípica dos aspectos de fala e de linguagem. A criança pode apresentar dificuldades para se expressar, para compreender, alterações na fala (trocar as letras na fala), entre outras dificuldades que necessitam de intervenção direta.
O diagnóstico diferencial de atraso na fala, apraxia de fala na infância ou algum outro transtorno de linguagem, é de competência do Fonoaudiólogo. O diagnóstico diferencial pode ser obtido por meio de avaliação formal e em alguns casos por meio da resposta ao processo de intervenção.
Graduada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO em Fonoaudiologia.
Mestre em Ciências pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Experiência em alterações de fala infantil, como: apraxia de fala na infância, autismo, comunicação alternativa (PECS), gagueira, atraso na fala e transtorno fonológico. Além disso, atua com orientação parental voltada ao desenvolvimento infantil.
CRFa 2-20413